quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ACABOU A LICENÇA MATERNIDADE

Amanhã volto a trabalhar após quatro meses de licença maternidade e mais quinze dias de amamentação que o pediatra de minha filha concedeu-me, como passou rápido meu Deus...
De modo geral, não existe alegria maior para uma mulher do receber a notícia de que está esperando um bebê. Afinal, a maternidade é o caminho natural para a maturidade do corpo e da alma feminina.
É um tempo cheio de cuidados e de dúvidas sobre o futuro, principalmente para as marinheiras de primeira viagem. Porque a alegria se reveza com as incertezas sobre a competência para criar uma criança.
Para os juristas, pediatras e psicólogos é certo que o tempo prolongado de amamentação, afeto e estímulo materno se traduzem em benefícios para a criança e naturalmente para a mãe. A proximidade diminui a incidência de doenças e assegura o bom desenvolvimento do bebê.
Mas, para as empresas, o que existe com essa lei é a incerteza. Embora todas concordem com os benefícios, desconfiam do impacto do longo tempo de afastamento da profissional.
O tempo das empresas é diferente do tempo do corpo. Para elas, o relógio gira num compasso mais acelerado. É o tempo do dinheiro e dos negócios, diferente do tempo da vida.
Para a existência humana, seis meses é quase nada. Mas, para as empresas, neste período é possível crescer e ganhar novos mercados, ou até falir. Não é de hoje que o tempo do trabalho se sobrepõe ao da família, e não é de hoje que famílias são afetadas pelas necessidades do tempo da nova economia.

Esta é minha filhinha Juliane mamando em meu peito, muito mágico...


Na licença-maternidade ampliada, a incerteza não está restrita sobre quem vai ou não custear esse afastamento. A questão é maior: implica em considerar o que vai acontecer com essa profissional seis meses depois, com o trabalho que era executado por ela, quem vai substituí-la e o que fazer logo após.
Num certo sentido, é de se imaginar que esse afastamento tenha impacto também nos colegas de trabalho. Afinal, os assuntos, negócios, informações e idéias caminham rápido numa empresa, e quem fica de fora precisa de tempo para se readaptar.
Embora as empresas garantam o tempo de licença, sabe-se que mulheres em posto de destaque abrem mão, na maioria das vezes, de seus direitos – e após dois meses retomam parcialmente suas atividades profissionais.
Seja por medo ou pela necessidade de corresponder às exigências do mercado, poucas mulheres permanecem por longo período exclusivamente na função de mãe.
Infelizmente, nesses novos tempos, o envolvimento integral da mulher na primeira fase da vida da criança rivaliza com questões que, ao primeiro olhar, podem parecer até indecentes, mas que seguramente têm poder para afetar o futuro dessa profissional.
Para as empresas, o descompasso entre a vida profissional e a privada é claro e preocupante, mas para a sua continuidade é necessário, muitas vezes, assumir o inconciliável.
No caso da licença maternidade ampliada, o tempo e o bom senso das empresas e das mulheres será o juiz dessa questão, na empresa em que trabalho Uniban, eles não dão os seis meses, por ser facultativa, é uma pena.

Um mau necessário, ficar londe de minha neném...
Já sinto sua falta só de pensar...
Amanhã este horário estarei trabalhando...Infelizmente, snif snif...

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